Do blog Prosimetron (http://prosimetron.blogspot.com/), excelentemente gerido pelo meu querido Luis Barata, e com igualmente excelentes colaboradores "residentes", recolho esta informação sobre o dia que hoje passa, tradicional e popularmente designado por Dia da Espiga, e com grande significado no calendário litúrgico católico (Dia da Ascensão de Jesus Cristo), muito associado ainda ao culto do Divino Espírito Santo.
No lado profano do símbolo, a festa é de alegria e de fertilidade, também dos campos e das colheitas.
Numa época em que estas simbologias parecem condenadas ao esquecimento, o post seguinte vale ainda para a consolidação da memória:
"Quinta-feira, 21 de Maio de 2009
Dia da Espiga: O Sagrado e o Profano.
O Dia da espiga ou Quinta-feira da espiga é celebrado no dia da Quinta-feira da Ascensão com um passeio matinal, em que se colhe espigas de vários cereais, flores campestres e raminhos de oliveira para formar um ramo, a que se chama de espiga. Segundo a tradição o ramo deve ser colocado por detrás da porta de entrada, e só deve ser substituído por um novo no dia da espiga do ano seguinte. As várias plantas que compõem a espiga têm um valor simbólico profano e um valor religioso. Crê-se que esta celebração tenha origem nas antigas tradições pagãs e esteja ligada à tradição dos Maios e das Maias.O dia da espiga era também o "dia da hora" e considerado "o dia mais santo do ano", um dia em que não se devia trabalhar. Era chamado o dia da hora porque havia uma hora, o meio-dia, em que em que tudo parava, "as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda e as folhas se cruzam". Era nessa hora que se colhiam as plantas para fazer o ramo da espiga e também se colhiam as ervas medicinais. Em dias de trovoadas queimava-se um pouco da espiga no fogo da lareira para afastar os raios.
A simbologia por detrás das plantas que formam o ramo de espiga: Espiga – pão; Malmequer – ouro e prata; Papoila – amor e vida; Oliveira – azeite e paz; Videira – vinho e alegria e Alecrim – saúde e força.
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