Há 3 dias atrás, o semanário Sol, na sua edição online, e com base num "take" da LUSA, colocava este título, por si só arrepiante para qualquer cidadão minimamente preocupado com o Património e com a História.
Mas só pela leitura mais atenta de todo o artigo foi possível constatar, com particular estupefacção, que afinal este inqualificável episódio ocorrera, nada mais, nada menos, em Malhada Sorda.
A notícia completa, tal como o Sol a publicou, encontra-se na hiperligação anexa.
No final, ficam várias dúvidas e a estranha sensação de que algumas peças desta história parecem não encaixar.
Por exemplo, as gravuras foram descobertas por um casal de malhadenses em 2002. Desde então, que foi feito pelo IGESPAR/PAVC para a protecção, preservação e estudo das mesmas? E que medidas de protecção, no âmbito das respectivas competências, claro está, foram tomadas pela Câmara Municipal de Almeida e pela Junta de Freguesia de Malhada Sorda?
Por outro lado, a destruição destas gravuras, que equivale, segundo a notícia e a sua fonte, o ex director do Centro Nacional de Arte Rupestre, à destruição de mais de 5000 anos de História, já teria sido constatada em Abril passado, mas só agora foi tornada pública, e num blog pessoal daquela fonte.
Por outro lado ainda, seria importante esclarecer as exactas competências e jurisdição do PAVC (para o qual a CMA canalizou a responsabilidade das diligências subsequentes) sobre este local e assunto, e se tal implica ou não a preterição de queixa ou participação às autoridades policiais, dado que de um crime se trata.
Por último, este assunto merecerá maior atenção aos seus potenciais desenvolvimentos. Sim, estou já a partir do pressuposto que desenvolvimentos existirão. Da minha parte, estarei completamente atenta.
Mais ainda, ao constatar, in loco e in situ, que tanto o achado como a sua destruição parecem ser desconhecidos da maioria dos malhadenses, pelo menos daqueles com quem tive oportunidade de abordar o assunto, mas que são os primeiros a pensar que se calhar ali, por trás daquelas duas rochas, agora apagadas, lavadas e repicadas, anda história; não daquela com H, mas sim umas outras estórias de outras pedras.
Prometo voltar a este assunto assim que tiver mais dados.
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